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Reference code
PT MRM AICMRM-F-001-0001
Title
Manuel Augusto Mendes Papança
Date(s)
- 1875 (Creation)
Level of description
File
Extent and medium
15 x 10 / digital
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Natural de Reguengos de Monsaraz, nasceu a 28 de Dezembro de 1818. Filho de Joaquim Romão Mendes Papança e de Maria José Fernandes Papança. Neto paterno de José Mendes Papança e de Maria Jacinta Cordeira. Neto materno de António José Fernandes e de Catarina Antónia Rosada Alves.
Casou em 5/9/1843 com Genoveva Angélica Godinho Perdigão (nasceu a 24/3/1824, filha de Inácio José Godinho Perdigão e de Maria Inácia), não tendo deixado descendentes directos. Após a morte da mulher em 5/12/1846, casou em segundas núcpias, no dia 29/7/1847, com a cunhada Inácia Rosa Perdigão (nasceu a 22/9/1821 e faleceu em 25/6/1892, com 72 anos); não tiveram filhos.
Irmãos: José Mendes Papança, António José Fernandes Mendes Papança, Joaquim Romão Mendes Papança Júnior, Maria Jacinta Cordeiro Papança Rojão e Francisco Rodrigues Cordeiro Papança.
Frequentou a Universidade de Coimbra em 1838, tendo-se matriculado nas disciplinas de Matemática e de Filosofia, não logrando concluir qualquer formatura, devido não só às convulsões políticas que se viviam na altura como ao falecimento prematuro do seu pai. Residente em Reguengos, Manuel Papança tinha no Monte do Barrocal o centro da sua actividade agrícola.
Depois de ter sido administrador do concelho em 1846, foi eleito para a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz em 1851, logo após a transferência definitiva da sede de concelho de Monsaraz para Reguengos. A partir daqui e durante 20 anos (com um interregno em 1866-1867 e em 1872-1875) exerceu o cargo de forma exemplar. Depois de pagar 5:110$275 réis de terças à Fazenda Nacional, dois contos de réis ao Cofre Geral dos Expostos do Distrito e um conto e trezentos mil réis a empregados municipais (dívidas acumuladas pela Câmara), lançou uma verdadeira política de beneficiação de Reguengos:
calcetamento de ruas e largos, construção do cemitério (1865), construção do edifício dos Paços do Concelho (1869), construção dos edifícios das Escolas Primárias com salas para ambos os sexos (onde actualmente se situam os correios), abertura de poços para abastecimento público, construção de estradas e caminhos, fundação do Hospital e da Santa Casa da Misericórdia e construção dos respectivos edifícios.
Em comissão com outros indivíduos comprou terrenos à Casa de Bragança e dividiu-os em courelas, o que deu origem ao plantio de um milhão de cepas e ao consequente desenvolvimento em larga escala da produção vinícola.
Fundou o primeiro asilo para inválidos em Reguengos, cujas instalações funcionavam na sua Quinta Nova.
Foi também presidente da Junta de Paróquia de Santo António de Reguengos.
Faleceu em Coimbra a 13 de Outubro de 1886 (ver acta de 18/10/1886). Deixou testamento no qual, de entre vários legados, se destacou um, o mais importante, de catorze contos para a construção da nova Igreja Matriz de Reguengos de Monsaraz.
[D.G.]
Casou em 5/9/1843 com Genoveva Angélica Godinho Perdigão (nasceu a 24/3/1824, filha de Inácio José Godinho Perdigão e de Maria Inácia), não tendo deixado descendentes directos. Após a morte da mulher em 5/12/1846, casou em segundas núcpias, no dia 29/7/1847, com a cunhada Inácia Rosa Perdigão (nasceu a 22/9/1821 e faleceu em 25/6/1892, com 72 anos); não tiveram filhos.
Irmãos: José Mendes Papança, António José Fernandes Mendes Papança, Joaquim Romão Mendes Papança Júnior, Maria Jacinta Cordeiro Papança Rojão e Francisco Rodrigues Cordeiro Papança.
Frequentou a Universidade de Coimbra em 1838, tendo-se matriculado nas disciplinas de Matemática e de Filosofia, não logrando concluir qualquer formatura, devido não só às convulsões políticas que se viviam na altura como ao falecimento prematuro do seu pai. Residente em Reguengos, Manuel Papança tinha no Monte do Barrocal o centro da sua actividade agrícola.
Depois de ter sido administrador do concelho em 1846, foi eleito para a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz em 1851, logo após a transferência definitiva da sede de concelho de Monsaraz para Reguengos. A partir daqui e durante 20 anos (com um interregno em 1866-1867 e em 1872-1875) exerceu o cargo de forma exemplar. Depois de pagar 5:110$275 réis de terças à Fazenda Nacional, dois contos de réis ao Cofre Geral dos Expostos do Distrito e um conto e trezentos mil réis a empregados municipais (dívidas acumuladas pela Câmara), lançou uma verdadeira política de beneficiação de Reguengos:
calcetamento de ruas e largos, construção do cemitério (1865), construção do edifício dos Paços do Concelho (1869), construção dos edifícios das Escolas Primárias com salas para ambos os sexos (onde actualmente se situam os correios), abertura de poços para abastecimento público, construção de estradas e caminhos, fundação do Hospital e da Santa Casa da Misericórdia e construção dos respectivos edifícios.
Em comissão com outros indivíduos comprou terrenos à Casa de Bragança e dividiu-os em courelas, o que deu origem ao plantio de um milhão de cepas e ao consequente desenvolvimento em larga escala da produção vinícola.
Fundou o primeiro asilo para inválidos em Reguengos, cujas instalações funcionavam na sua Quinta Nova.
Foi também presidente da Junta de Paróquia de Santo António de Reguengos.
Faleceu em Coimbra a 13 de Outubro de 1886 (ver acta de 18/10/1886). Deixou testamento no qual, de entre vários legados, se destacou um, o mais importante, de catorze contos para a construção da nova Igreja Matriz de Reguengos de Monsaraz.
[D.G.]
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De acordo com a legislação em vigor.
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- Portuguese
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Descrito por Duarte Galhós
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September 30, 2019 8:09 AM