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Reference code
PT MRM AICMRM-F-005-0001
Title
Alberto Fialho Janes
Date(s)
- 1960 (Creation)
Level of description
File
Extent and medium
15 x 10 / digital
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Scope and content
Alberto Fialho Janes nasceu no dia 13 de Março de 1909 na casa número 1 da Praça de Santo António. Filho de Armando Alonso Janes e de Maria do Carmo Janes Garcia. Foi baptizado pelo Prior João Alberto do Espírito Santo e Silva no dia 16 de Julho de 1909, sendo padrinho Alberto Janes Garcia Fialho e madrinha Vicência Janes Morais Santos.
Casou em Reguengos de Monsaraz no dia 8 de Dezembro de 1938 com Maria de Lourdes Cordeiro Ramos de Figueiredo. Desse casamento nasceram dois filhos: Marília do Carmo e Carlos Alberto de Figueiredo Janes.
Alberto Fialho Janes faleceu no dia 23 de Outubro de 1971 em Oeiras, onde então residia.
Depois de estudar na Escola Superior de Lisboa e em Coimbra acabou por se licenciar em Farmácia na Faculdade de Farmácia do Porto, em 1938. Estabeleceu-se em Reguengos como proprietário de uma farmácia que já era do pai.
Alberto Janes ficou e é conhecido mundialmente pelos poemas e músicas de que foi autor. A sua veia artística era imensa, desde pequenino. Ele próprio se caracterizava assim em 1968: “Era um pândego com muita habilidade para a música. Quando os meus pais me mandaram aprendê-la, mal ouvia uma melodia tocava-a logo – não precisava de papel. Isto aliado à preguiça e nunca aprendi. E só mais tarde e por conta própria o vim a fazer – para não ter de pedir aos amigos para passarem ao papel as minhas músicas.” Eram frequentes os encontros com amigos no Café Central, em Reguengos de Monsaraz, onde Alberto Janes tocava e compunha, animando a tardes e os serões. “Pegava em qualquer instrumento e ia discorrendo, tocando o que compunha de improviso” referia ele na entrevista dada em 1968 ao periódico Diário de Lisboa.
Alberto Janes prontificou-se um dia, nos anos 50 do século passado, a levar um fado a Amália Rodrigues, no seguimento duma conversa havida em Reguengos com um amigo comum aos dois. Lá “apareceu timidamente com umas partituras debaixo do braço… disse que tinha ‘umas coisas’ que achava que eram boas para que cantasse… Quem rodeava Amália nesse dia teve uma opinião negativa acerca de Alberto Janes… que era um desconhecido, que a música dele não dava para Amália cantar, etc… Contudo, Amália, com o seu ‘olho clínico’, a sua sensibilidade, contrariou essas opiniões e gravou o ‘Foi Deus’. Seguiram-se outros tantos trechos, o célebre ‘Vou dar de beber à dor’, o ‘É ou não é’, o ‘Il mare é amico mio’,o ‘Caldeirada’ que , tal como Amália vaticinara, seriam sucessos em qualquer parte do mundo. Efectivamente, todos esses trechos de Alberto Janes, deram a Amália ‘discos de platina’…” [adaptado de texto contido no blogue “Guardada numa Caixinha de Música”]. E foi a partir desta visita a casa de Amália Rodrigues que Alberto Fialho Janes saltou para a ribalta do mundo do fado: “Se há alguma coisa a descobrir em mim foi a Amália que o fez. O que sou, se sou alguma coisa, devo-o, claro, à habilidade natural que tenho e à Amália: se não fosse esta nunca chegaria a ser conhecido no aspecto artístico.”, refere Alberto Janes na entrevista citada.
Após o êxito de “Foi Deus”, aliado a problemas de ordem familiar e financeira, Alberto Janes muda nos anos 60 do século passado a sua residência para Oeiras, após vender a sua farmácia de Reguengos. Foi professor de Ciências na Escola Técnica do Cacém e foi, durante cerca de 10 anos, Director da Farmácia Estácio, em Lisboa
[Jornal Palavra]
Casou em Reguengos de Monsaraz no dia 8 de Dezembro de 1938 com Maria de Lourdes Cordeiro Ramos de Figueiredo. Desse casamento nasceram dois filhos: Marília do Carmo e Carlos Alberto de Figueiredo Janes.
Alberto Fialho Janes faleceu no dia 23 de Outubro de 1971 em Oeiras, onde então residia.
Depois de estudar na Escola Superior de Lisboa e em Coimbra acabou por se licenciar em Farmácia na Faculdade de Farmácia do Porto, em 1938. Estabeleceu-se em Reguengos como proprietário de uma farmácia que já era do pai.
Alberto Janes ficou e é conhecido mundialmente pelos poemas e músicas de que foi autor. A sua veia artística era imensa, desde pequenino. Ele próprio se caracterizava assim em 1968: “Era um pândego com muita habilidade para a música. Quando os meus pais me mandaram aprendê-la, mal ouvia uma melodia tocava-a logo – não precisava de papel. Isto aliado à preguiça e nunca aprendi. E só mais tarde e por conta própria o vim a fazer – para não ter de pedir aos amigos para passarem ao papel as minhas músicas.” Eram frequentes os encontros com amigos no Café Central, em Reguengos de Monsaraz, onde Alberto Janes tocava e compunha, animando a tardes e os serões. “Pegava em qualquer instrumento e ia discorrendo, tocando o que compunha de improviso” referia ele na entrevista dada em 1968 ao periódico Diário de Lisboa.
Alberto Janes prontificou-se um dia, nos anos 50 do século passado, a levar um fado a Amália Rodrigues, no seguimento duma conversa havida em Reguengos com um amigo comum aos dois. Lá “apareceu timidamente com umas partituras debaixo do braço… disse que tinha ‘umas coisas’ que achava que eram boas para que cantasse… Quem rodeava Amália nesse dia teve uma opinião negativa acerca de Alberto Janes… que era um desconhecido, que a música dele não dava para Amália cantar, etc… Contudo, Amália, com o seu ‘olho clínico’, a sua sensibilidade, contrariou essas opiniões e gravou o ‘Foi Deus’. Seguiram-se outros tantos trechos, o célebre ‘Vou dar de beber à dor’, o ‘É ou não é’, o ‘Il mare é amico mio’,o ‘Caldeirada’ que , tal como Amália vaticinara, seriam sucessos em qualquer parte do mundo. Efectivamente, todos esses trechos de Alberto Janes, deram a Amália ‘discos de platina’…” [adaptado de texto contido no blogue “Guardada numa Caixinha de Música”]. E foi a partir desta visita a casa de Amália Rodrigues que Alberto Fialho Janes saltou para a ribalta do mundo do fado: “Se há alguma coisa a descobrir em mim foi a Amália que o fez. O que sou, se sou alguma coisa, devo-o, claro, à habilidade natural que tenho e à Amália: se não fosse esta nunca chegaria a ser conhecido no aspecto artístico.”, refere Alberto Janes na entrevista citada.
Após o êxito de “Foi Deus”, aliado a problemas de ordem familiar e financeira, Alberto Janes muda nos anos 60 do século passado a sua residência para Oeiras, após vender a sua farmácia de Reguengos. Foi professor de Ciências na Escola Técnica do Cacém e foi, durante cerca de 10 anos, Director da Farmácia Estácio, em Lisboa
[Jornal Palavra]
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October 1, 2019 7:40 AM