Identity area
Reference code
PT MRM JFRM-E-002-0002
Title
Livro-caixa da Junta de Freguesia
Date(s)
- 1939-10-10 - 1947-05-01 (Creation)
Level of description
Unidade de instalação
Extent and medium
33 x 22 - papel
Context area
Name of creator
(1664 - 2003)
Administrative history
À rede concelhia sobrepunha-se uma outra, que cobria igualmente todo o território, mas que era mais antiga, muito mais densa e que, além disso, dependia de outros vínculos e hierarquias: as paróquias eclesiásticas. A sua origem remota era bem anterior à fundação da nossa monarquia portuguesa. A quantidade de freguesias eclesiásticas existentes no continente português (4.092 em 1801-1802) era muito superior à dos concelhos, pois havia em média quase cinco paróquias por cada município. O quadro paroquial encontrava-se, assim, muito mais próximo das pequenas colectividades locais do que o municipal e possuía obrigatoriamente, ao contrário daquele, um intermediário cultural qualificado: o pároco, qualquer que fosse o seu título, a sua forma de nomeação e o seu estatuto remuneratório. A prática eclesial decorrente do Concílio de Trento (1545-1563), com a obrigatoriedade dos registos paroquiais, com a multiplicação dos manuais de confessores e da tratadística moral, apesar da sua desigual aplicação no tempo e no espaço, dotara os párocos de um conjunto singular de dispositivos de controlo das populações. A confissão, as prédicas dominicais, os róis de confessados e os registos paroquiais de baptismo, casamentos e óbitos faziam do pároco um intermediário quase incontornável para muitos efeitos. A administração central da coroa, que não tutelava directamente nenhum corpo político local abaixo das câmaras (as freguesias civis só foram criadas pelos liberais em 1836), seria assim conduzida, com maior frequência sobretudo nos finais do Antigo Regime, a recorrer à estrutura paroquial. Até mesmo para o lançamento de impostos novos (com a décima), embora sem a intermediação dos párocos, se recorria à divisão paroquial, pois que a uma escala restrita aquela era, em regra, a mais consolidada e conhecida. Prática que, de resto, teria longa continuidade no liberalismo através do projecto, que acabou por triunfar, de integrar a estrutura eclesiástica paroquial no sistema político. Um sector de diferenciação entre as várias paróquias e, em certos contextos, dos mais relevantes, era o destino dos dízimos eclesiásticos, prestação que correspondia, em princípio, a um décimo da produção agrícola bruta e se destinava, na sua origem remota, à manutenção do culto. Na verdade, se parte dos párocos auferia uma parcela de rendimentos dos dízimos, certo é que muitos não gozavam de nenhuma quota dos mesmos, recebendo, sim, para além de uma côngrua, muitas vezes reduzida, os rendimentos de bens próprios da respectiva igreja (passais, forais e outros) e as taxas cobradas aos paroquianos pelos actos do culto (pé-de-altar). Contudo, as instâncias mais ou menos formalizadas da vida paroquial não se restringiam aos clérigos. Estendiam-se também aos leigos que se organizavam para a realização dos actos de culto ou para a administração das alfaias paroquiais (fábrica da igreja). Boa parte destas actividades, eram enquadradas no âmbito das confrarias. Por fim, é de sublinhar que a vida paroquial estava sujeita, geral mas não obrigatoriamente, à hierarquia da sua diocese e do seu prelado, sendo abrangida periodicamente pela fiscalização das visitações.
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Scope and content
Termo de abertura: “Este livro há-de servir para nele serem lançadas as despesas e receitas da Junta de Freguesia de Reguengos. Leva no fim termo de encerramento. Contém quarenta e nove folhas e leva a rubrica Janes da Costa que uso. Reguengos 31 de Outubro de 1939. O Presidente Domingos Janes da Costa”;
Termo de encerramento: “Serviu este livro para serem lançadas as receitas e despesas da Junta de Freguesia de Reguengos. Contendo quarenta e nove folhas, as quais estão rubricadas com a rubrica que uso Janes da Costa. Reguengos 31 de Outubro de 1939. O Presidente Domingos Janes da Costa”.
Termo de encerramento: “Serviu este livro para serem lançadas as receitas e despesas da Junta de Freguesia de Reguengos. Contendo quarenta e nove folhas, as quais estão rubricadas com a rubrica que uso Janes da Costa. Reguengos 31 de Outubro de 1939. O Presidente Domingos Janes da Costa”.
Appraisal, destruction and scheduling
De acordo com a legislação em vigor.
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Bom estado. Sem qualquer condicionalismo de acesso.
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- Portuguese
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Existence and location of copies
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Note
Disponível para consulta em formato digital (100 imagens)
Note
Documento acondicionado na Cx. 16/JFRM
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Rules and/or conventions used
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Draft
Level of detail
Partial
Dates of creation revision deletion
Language(s)
Script(s)
Sources
Digital object metadata
Filename
E_002_0002_1939_1947.pdf
Latitude
Longitude
Media type
Text
Mime-type
application/pdf
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Uploaded
July 26, 2019 3:05 AM