Secção J - Saúde e Assistência

Com o advento da monarquia liberal, a saúde e a assistência tornam-se, em grande medida, função do Estado, coexistindo ainda com a permanência de outras modalidades de assistência tradicionais a cargo das igrejas, das misericórdias, das irmandades ou das confrarias. Durante séculos, a caridade foi enaltecida como uma das maiores e das mais preciosas virtudes cristã. O pobre era, neste contexto, a imagem de Cristo e a esmola, como forma de assistência, era um gesto de caridade onde se redimiam os pecados. Se esta atitude não desaparece completamente com o advento do liberalismo, ela será, no entanto, repudiada pela assistência oficial a cargo do Estado e, em particular, a cargo dos municípios. De uma maneira geral, integramos nesta secção toda a documentação relacionada com a actividade que a Câmara Municipal de Reguengos prestava no seu concelho com os expostos e órfãos, com o envio de doentes para os hospitais civis de Évora e Lisboa e, por último, com a assistência prestada aos pobres.