Identity area
Reference code
PT MRM JFC-C-001-0001
Title
Livro dos inventários dos bens da Fábrica da Paróquia de São Pedro
Date(s)
- 1843-05-16 - 1867-11-10 (Creation)
Level of description
Unidade de instalação
Extent and medium
30 x 21 - papel
Context area
Name of creator
(1841 – 2002)
Administrative history
À rede concelhia sobrepunha-se uma outra, que cobria igualmente todo o território, mas que era mais antiga, muito mais densa e que, além disso, dependia de outros vínculos e hierarquias: as paróquias eclesiásticas. A sua origem remota era bem anterior à fundação da nossa monarquia portuguesa. A quantidade de freguesias eclesiásticas existentes no continente português (4.092 em 1801-1802) era muito superior à dos concelhos, pois havia em média quase cinco paróquias por cada município. O quadro paroquial encontrava-se, assim, muito mais próximo das pequenas colectividades locais do que o municipal e possuía obrigatoriamente, ao contrário daquele, um intermediário cultural qualificado: o pároco, qualquer que fosse o seu título, a sua forma de nomeação e o seu estatuto remuneratório. A prática eclesial decorrente do Concílio de Trento (1545-1563), com a obrigatoriedade dos registos paroquiais, com a multiplicação dos manuais de confessores e da tratadística moral, apesar da sua desigual aplicação no tempo e no espaço, dotara os párocos de um conjunto singular de dispositivos de controlo das populações. A confissão, as prédicas dominicais, os róis de confessados e os registos paroquiais de baptismo, casamentos e óbitos faziam do pároco um intermediário quase incontornável para muitos efeitos. A administração central da coroa, que não tutelava directamente nenhum corpo político local abaixo das câmaras (as freguesias civis só foram criadas pelos liberais em 1836), seria assim conduzida, com maior frequência sobretudo nos finais do Antigo Regime, a recorrer à estrutura paroquial. Até mesmo para o lançamento de impostos novos (com a décima), embora sem a intermediação dos párocos, se recorria à divisão paroquial, pois que a uma escala restrita aquela era, em regra, a mais consolidada e conhecida. Prática que, de resto, teria longa continuidade no liberalismo através do projecto, que acabou por triunfar, de integrar a estrutura eclesiástica paroquial no sistema político. Um sector de diferenciação entre as várias paróquias e, em certos contextos, dos mais relevantes, era o destino dos dízimos eclesiásticos, prestação que correspondia, em princípio, a um décimo da produção agrícola bruta e se destinava, na sua origem remota, à manutenção do culto. Na verdade, se parte dos párocos auferia uma parcela de rendimentos dos dízimos, certo é que muitos não gozavam de nenhuma quota dos mesmos, recebendo, sim, para além de uma côngrua, muitas vezes reduzida, os rendimentos de bens próprios da respectiva igreja (passais, forais e outros) e as taxas cobradas aos paroquianos pelos actos do culto (pé-de-altar). Contudo, as instâncias mais ou menos formalizadas da vida paroquial não se restringiam aos clérigos. Estendiam-se também aos leigos que se organizavam para a realização dos actos de culto ou para a administração das alfaias paroquiais (fábrica da igreja). Boa parte destas actividades, eram enquadradas no âmbito das confrarias. Por fim, é de sublinhar que a vida paroquial estava sujeita, geral mas não obrigatoriamente, à hierarquia da sua diocese e do seu prelado, sendo abrangida periodicamente pela fiscalização das visitações.
Repository
Archival history
Immediate source of acquisition or transfer
Content and structure area
Scope and content
Termo de abertura: “Há-de servir este de relacionar todos os bens e utensílios ou alfaias pertencentes ao uso desta Paróquia constantes no Inventário da mesma a que se procedeu pela respectiva Junta em o dia dezasseis de Maio de mil oitocentos e quarenta e três e aqui inscrito; o qual numerei e rubriquei de minha presidência à mesma Junta desta Paróquia de São Pedro do Corval com a rubrica de que uso – Rosado. E de que fiz este termo para que conste. Aldeia do Mato, casa das sessões desta Junta de Paróquia, 16 de Maio de 1843. O Presidente Joaquim Rosado”.
Termo de encerramento: “Contém este livro cinquenta folhas que se acham rubricadas e numeradas com a minha rubrica usual. E para que conste fiz este termo que assino. Casa das sessões da Junta de Paróquia de São Pedro do Corval em Aldeia do Mato, 16 de Maio de 1843. O Presidente Joaquim Rosado”.
Termo de encerramento: “Contém este livro cinquenta folhas que se acham rubricadas e numeradas com a minha rubrica usual. E para que conste fiz este termo que assino. Casa das sessões da Junta de Paróquia de São Pedro do Corval em Aldeia do Mato, 16 de Maio de 1843. O Presidente Joaquim Rosado”.
Appraisal, destruction and scheduling
De acordo com a legislação em vigor.
Accruals
System of arrangement
Conditions of access and use area
Conditions governing access
Bom estado. Sem qualquer condicionalismo de acesso.
Conditions governing reproduction
Documentos inacessíveis para reprodução em fotocópia.
Language of material
- Portuguese
Script of material
Language and script notes
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Existence and location of originals
Existence and location of copies
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Notes area
Note
Disponível para consulta em formato digital (35 imagens)
Note
Documento acondicionado na Cx. 00/JFC
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Access points
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Description identifier
Institution identifier
Rules and/or conventions used
Status
Draft
Level of detail
Partial
Dates of creation revision deletion
Language(s)
Script(s)
Sources
Digital object metadata
Filename
C_001_1843_1867.pdf
Latitude
Longitude
Media type
Text
Mime-type
application/pdf
Filesize
6.4 MiB
Uploaded
January 10, 2020 3:09 AM